O método vermificador - Livro completo - Um método definitivo contra o Orgulho

 



















DANIEL ARMILEST




Indice
Indice 1
introdução    2
Considerações iniciais         2
o que este livro pode fazer por você?      3
SIGNIFICADO DE ORGULHO           4
REFORMA ÍNTIMA   5
O MÉTODO    8
COMO FUNCIONA     10
PORQUE O orgulho machuca tanto?          11
VAMOS COMEÇAR! PARTE I           12
PARTE II        14
PARTE III       15
LIBERDADE  16
OUTRAS SITUAÇÔES            16
Sempre coloque a possibilidade de se estar errado      20
IMPORTANTE!!!       20
EXEMPLOS:   22
O EGO 23
FINALIZANDO          24





Quando comecei a trabalhar a reforma íntima, o trabalho sobre mim mesmo, me deparei com barreiras incrivelmente altas que até aquele momento eram intransponíveis. Isso me fez pensar muito e depois de bons anos entre tentativas e erros percebi algumas coisas que catalisaram a minha reforma íntima de forma muito consistente.
Se você está com este livro em mãos, o motivo foi ou curiosidade ou uma necessidade íntima de reformar-se e independente do motivo isso é espetacular.
Este livro é certamente diferente de tudo o que você já leu e temos aqui uma parte positiva e uma negativa. Na positiva, você tem a possibilidade de encontrar algo novo que realmente possa fazer a diferença na sua vida. Na negativa, a chance de achar tudo uma grande bobagem ou algo inaceitável é possível.
O importante é entender que tudo nas nossas vidas é um processo. Tudo tem um início, um meio e um fim. Quando aprendemos a tocar algum instrumento, no começo não sai nenhuma melodia descente, nada que se pareça com música, mas com o passar do tempo tudo vai melhorando.
Tudo é um processo e é assim também com este livro. Acredite: este escrito poderá transformar a sua vida, mas é natural também se isso não acontecer, pois assim como tudo é um processo, tudo tem um tempo certo para acontecer.
Independente disso aproveite toda a oportunidade que aparecer para ser uma pessoa melhor, uma pessoa intimamente transformada. Isso é no mínimo maravilhoso.
Muita Paz.

Leias este livro até o fim, mesmo que seja difícil ou que não goste.
Leia-o com a mente e o coração aberto. O seu objetivo é de catalisar o melhor que há em você.
Não é um livro longo, mas pode requerer certo esforço. Mesmo que ocorra algum desanimo com a leitura, termine de ler. Faça um esforço. Tenho certeza que o resultado será grandioso em sua vida, em suas relações interpessoais e na relação consigo mesmo, ajudando-o a entender os seus sentimentos internos e os sentimentos dos demais.
Alguns diálogos foram adicionados a este livro, com o intuito de melhorar o entendimento. Muitas pessoas me dizem conseguir verdadeiramente compreender o que o livro tenta mostrar exatamente nos diálogos. Então, não deixe de passar por eles.
Lembre-se: Ninguém além de você pode fazer este trabalho. A reforma íntima é pessoal e intransferível e o que não é feito hoje terá que ser feito depois, inevitavelmente.









Quando leio algo como: “Este livro vai mudar sua vida” tenho uma mistura de esperança e de enganação. Todos querem que algo se transforme assim como por um encanto, mas sabemos já que não é fácil.
Este livro é diferente. Ele na verdade é diferente de tudo o que existe, eu acho. Ele vai escancarar o que você é. O grande problema é que isso pode fazer com que você fuja e jogue este livro na parede ou queime ele. Natural, o que é bom para uns não é bom para outros. Mas veja bem, este livro é muito pequeno, porque não lê-lo até o final?
De coração, eu duvido muito que este livro, se você o levar a sério, não transforme a sua vida. Isso não porque há nele algo mágico, mas porque ele ataca o pior veneno do homem: O ORGULHO.
O orgulho está em tudo e evita abrirmos nosso coração, mente e espírito para novos ensinamentos, para entender que estamos errados e procurar outras ideias e percepções.
Então, este livro poderá fazer você ter um nível de relacionamento bem diferente; estar aberto a outras situações, resolver situações complicadas, não ter que sustentar o peso do status por causa do seu orgulho e por ai vai.
Esta ideia, este método mudou minha vida e a vida de alguns amigos meus. O que quero é que ela voe e transforme muitas outras. Já reparou que este livro é gratuito? Está disponível pra qualquer um, certo?




s.m. Sentimento de satisfação com os seus próprios feitos e qualidades, ou com as realizações de outra pessoa: tenho muito orgulho do meu filho! Algo ou alguém sobre os quais se tem orgulho: ele é o meu orgulho.
Pej. Soberba; elevado conceito que alguém tem de si próprio. Pej. Altivez; amor-próprio exposto de modo exagerado.
Pej. Desdém; ação que demonstra desprezo em relação ao próximo. 
Arrogância; excesso de admiração que o indivíduo tem em relação a si próprio, baseado em suas próprias características, qualidades e/ou ações.
Quando falamos do orgulho, estamos nos referindo ao orgulho egoísta, arrogante, soberbo, de elevação. Podemos ter orgulho de algo que tenhamos feito, mas sem arrogância, com humildade.
Então tenha sempre em mente que o orgulho referenciado neste trabalho é o orgulho destrutivo.







Porque nos preocuparmos com este assunto? Porque a reforma íntima é tão importante?
Pois bem, de uma forma bem simples e direta digo que é o único caminho para a verdadeira felicidade. Apenas nela seremos pessoas realmente felizes e o motivo é bem simples: Toda nossa infelicidade é gerada pelas nossas fraturas morais. Porem uma tem mais destaque: O ORGULHO.
                Somos infelizes por não termos a condição que gostaríamos ou por não termos o cargo que almejamos. Se não somos bonitos o bastante somos infelizes; se ninguém nos ama como gostaríamos, mais um motivo para a infelicidade. Tudo isso se resume a um nefasto e perigoso, assim como venenoso orgulho.
                Pode-se até dizer que não é somente o orgulho envolvido nas situações de infelicidade, mas certamente ele está lá também e catalisa absurdamente todas as outras.
Quer ser feliz? Não há outro caminho. Se procurar a felicidade no dinheiro, no sexo, na beleza, na satisfação imediata ou no outro terá uma felicidade frágil e fugaz e sentirá imensa tristeza logo após perceber que não pertencia esta felicidade.
Por isso é tão importante o “conhecer a ti mesmo” e entender os próprios sentimentos em manifestação e cuidar para doutrina-los.
Mas tudo acaba partindo de um sentimento inicial: o incomodo. Quando começamos a mapear nossos sentimentos fica fácil perceber isso. Observe daqui por diante; sempre fazemos algo motivados pelo incomodo. Se queremos nos melhorar é porque continuarmos como estamos nos incomoda. Se buscamos algo é porque a falta daquilo nos perturba.
Tudo começa com o incomodo e não seria diferente com a reforma íntima. Ser melhor, uma pessoa mais digna, humana, caridosa começa com o incomodo.
Mas o próximo passo esbarra no orgulho e este é o principal impeditivo para a reforma íntima, para melhorar-se como seres humanos em uma franca experiência na vida.
É ele que não permite o reconhecimento dos próprios erros, a própria teimosia, a abertura para estar errado e procurar acertar.
Este é o sentimento mais venenoso e por isso o de maior importância para ser doutrinado.
Então este livro é basicamente um método para “aniquilar o orgulho”, se é que isso é possível. Mas se ele não aniquila, certamente reduzirá em muito sua influencia no seu comportamento.
Mas pode ser o caso de ter chegado até este livro pela curiosidade. O grande problema é que para fazer o que este livro propõe você precisa querer mudar, estar disposto a atacar o seu orgulho de forma franca, honesta.
Apenas para que tenha em mente o seu orgulho se manifestando, vamos fazer um teste. No final some cada nota e confira o resultado.
                Repita cada frase em voz alta ou mentalmente e marque uma das 3 opções sobre como se sentiu. Atribua uma nota de 0 a 3 sobre o seu incomodo ao ler ou falar a frase. A nota 3 é a que representa maior incomodo e a 0 é a ausência de incomodo.






Frase
0
1
2
3
Eu consigo me aceitar como Bobo às vezes




Eu consigo me aceitar como Burro às vezes




Eu consigo me aceitar como tonto




Eu consigo aceitar meu erro às vezes




Eu aceito ser burro




Eu aceito estar errado




Eu me aceito como um idiota




Eu aceito o fato de ser ridículo às vezes




Eu aceito ser ridículo





Resultado:
0
Aceitação completa. Caminho para a aniquilação do orgulho.
0 a 9
Bom domínio do Orgulho e boa Aceitação
9 a 15
Problemas com a Aceitação humilde média.
15 a 20
Problemas com a Aceitação humilde alta.
Acima de 20
Grave Problema com a aceitação humilde. Bom trabalho a ser realizado.

 Agora pense em como se sentiu dizendo isso? Pode sentir o orgulho se remexendo em seu peito? Querendo dilacera-lo ou não sentiu nada? Avalie sua nota. O objetivo deste livro está exatamente em abaixar esta nota.
Não pense que esta é uma forma de minimizar a consciência humana em sua real plenitude! Muito pelo contrário!
De uma chance para este método antes de tirar conclusões precipitadas.






O MÉTODO   

 O método do vermiculo é tão simples quanto poderoso. Nele doutrinaremos nossa mente para aceitar a possibilidade de sermos algo que nos fere o orgulho. Ao aceitarmos essa possibilidade, não recorreremos aos mecanismos de preservação do orgulho, dignidade, etc.
E praticamente tudo se resume ao orgulho e conforme você for estudando este método ficará abismado como ele influencia praticamente tudo em nossas vidas.
Vamos a um exemplo que ocorreu comigo. Uma vez tive uma discussão com um chefe meu. Era uma situação complicada e ele veio me cobrar sobre algumas atitudes de forma bem agressiva. No final da situação ele disse:
“Você é um moleque”.
Este tipo de argumentação deixaria praticamente todo homem muito incomodado, mas o que eu fiz me mostrou uma forma totalmente nova de comportamento. Eu disse:
“Ok, me desculpe se sou moleque. Vou procurar melhorar.”
Aquilo teve um efeito tão poderoso porque simplesmente aceitei a agressão. Mas não foi apenas uma forma de manipulação comportamental, eu realmente tinha aceitado a possibilidade de ser um moleque e ter feito besteira. Ai está toda a diferença: Eu poderia ter tido sim uma postura de moleque, afinal não sou perfeito.
Isso conservou grande parte da minha paz na discussão e me mostrou essa nova possibilidade de atuação, que eu já havia demonstrado intuitivamente em outros momentos da minha vida.
Outra situação que constituiu certo fardo que levei por um tempo foi na faculdade. Naquele tempo sempre fui mais recatado e digamos que passei a levar os estudos mais a sério. Isso fez com que eu passasse a andar com outra turma. Enquanto eu estudava metalurgia, andava com o pessoal da química. Isso gerou todo o tipo de comentário, inclusive sobre a minha sexualidade.
Muitos diziam que eu era gay e por isso andava com alguns amigos em particular; um deles era um negão então já da pra imaginar a situação.
Isso durou um tempo, onde eu mais me resguardava do que atuava até eu começar a aprender, intuitivamente ainda sobre essa questão. O ponto principal nessa situação que resolveu foi a seguinte: “E daí”?
Simples assim. E dai se eu sou gay e adoro fazer um sexo selvagem com o negão da química? Há! Que delicia então cara!
Porque me incomodar? Eu aceito se este é o problema e isso me fez tão bem que eu simplesmente não ligava mais e acabei me aproximando do pessoal da minha turma de metalurgia pelas brincadeiras que eu mesmo provocava sobre a minha possível estranha sexualidade. Pena que aprendi isso praticamente no último ano da faculdade.
A grande questão é que quem não se aceitava era eu. Porque diabos eu tinha que provar o que eu era ou não a não ser pra mim?
Se você acha que eu sou gay, tranquilo, na paz. Se isso te faz feliz, vá em frente e fim.
E por quê? Porque aceito a possibilidade de sê-lo, afinal qual o problema em ser gay?
Nosso orgulho nos cria situações absurdas e vivemos em um sofrimento absurdo tentando sustentar um status absurdo, infantil, babaca e bobo.
Ao nos aceitarmos menores conseguimos pedir desculpas e procurar nos reformar com mais facilidade, pois não teremos entre o agressor/situação e a boa vontade para melhorar o nocivo orgulho.




 O método é muito simples. Você irá dizer algumas frases, mentalmente ou em voz alta. Estas frases terão um impacto muito forte sobre o seu orgulho. Você o sentirá como um animal se remexendo violentamente dentro do peito; sem problemas, continue. Encare isto como algo mecânico e vá repetindo até que esta frase não tenha nenhum impacto mais em ti.
Não pense que isso será uma forma de rebaixamento para que você acredite ser algo que não é e este é um ponto muito importante.
O método tem o intuito de que você aceite a possibilidade de ser algo específico que confronte diretamente seu orgulho, não faze-lo acreditar que é isto.
Vamos a um exemplo:
Um dos adjetivos que mais me perturbava na adolescência e mesmo na vida adulta era ser chamado de ridículo.
Então, eu comecei a repetir para mim mesmo:
“Eu sou ridículo! Eu me aceito como um ser ridículo”.
Sendo realistas, quem nunca é ridículo em algum momento? Ao dizer isso no inicio meu orgulho ficava violento, me sentia mal, com uma angustia ou algo parecido.
Depois de umas vinte repetições o sentimento foi se aquietando e fui aceitando a possibilidade de ser ridículo. Hoje, digo tranquilamente que sou um ser tremendamente ridículo, mas muito ridículo mesmo e acreditem! Sinto-me livre demais com isso.
O pulo do gato esta em dizer a frase, independente do quanto seja difícil. Muitos não conseguem dize-la uma única vez e levam algum tempo para isso, mas depois das primeiras 10 fica muito mais fácil.






O orgulho fere demais porque sustenta-lo é muito difícil. Vulgarmente dizemos que o mundo é movido pelo dinheiro, mas na verdade é movido pelo orgulho: Os homens o querem para comprar um carrão, uma casona, etc. Orgulho!.
A grande questão é que o orgulho o eleva e manter-se nessa altura pode ser muito difícil e o medo de cair é o que causa o pânico, a defesa.
Se alguém te chamar de idiota, você se sentirá ofendido. Afinal quem é essa pessoa para te chamar de idiota? Então você terá que ferozmente provar que não é idiota. Isso te consumirá energia e provavelmente vai fazer com que você caia e se arrebente no chão. É como andar em um parapeito de um alto prédio. Você se equilibra, mas inevitavelmente uma hora cairá e quanto maior o orgulho, maior a queda e o ferimento.
Então, e se nos rebaixarmos, a ponto de colocarmos nossa face no chão? Não há queda, não há dor nem nada disso. É exatamente sobre isso que se trata este método! Vamos lá então.


Vamos começar dizendo algumas frases e estudando como elas reagem com nosso íntimo. Posteriormente procuraremos por adjetivos que nos causem mais incomodo.

FRASE I
Eu sou muito burro. Eu me aceito como burro”.
É sério! Repita isso e estude os seus sentimentos. Se você estiver pensando: “Nossa, não vou repetir isso, não sou burro, até parece e bla bla blá”, tenha certeza, seu orgulho está se defendendo.
Não é para acreditar que você é burro meu querido, é para aceitar a possibilidade de sê-lo com tranquilidade. Qual o problema? Não perca essa batalha contra o orgulho.
 Se você for muito orgulhoso já terá abandonado este livro. Normal, existe um tempo para tudo e este não é o seu. Vai ver este livro é um lixo certo? Tudo bem, você pode estar absolutamente certo e aceito isso. (estou utilizando o método, hehe)
Se conseguirem sobreviver até esta parte, voltem e repitam a frase até que ela não lhe cause mais problemas. Até que você aceite ela inteiramente. Até que o adjetivo “Burro” seja digerido com tranquilidade. Eu sou burro pra caramba e você?
Não passe para o próximo capitulo até concluírem este: Repetir a frase até que ela não lhe cause mais incomodo. Vocês não acreditaram na maravilha que este método fará com sua vida. Força, fé e foco!















 Nesta parte, teremos outras frases. Em cada uma delas, o objetivo é sempre o mesmo: Aceitar a possibilidade de que cada um destes adjetivos sejam verdades. Lutem contra o orgulho. Vamos lá: A cada frase, elevaremos o nível de dificuldade.

FRASE II
“Eu estou errado. Aceito estar errado”.
FRASE III
“Eu sou ridículo. Aceito ser ridículo”.
FRASE IV
“Eu sou covarde. Aceito ser covarde”.
FRASE V
“Eu sou uma besta quadrada. Aceito ser uma besta quadrada”.
FRASE VI
“Eu sou uma verme inútil. Aceito ser um verme inútil”.
FRASE VII
“Eu aceito ser preterido (a), esquecido (a), desprezado (a).”.
FRASE VIII
“Eu aceito perder.”.

Passe para a próxima etapa somente se conseguir dizer cada frase com tranquilidade.


Nesta parte, cada um encontrará os próprios adjetivos para o trabalho íntimo. Vou começar com exemplo os meus e cada um fará por conta. Vamos lá! Os adjetivos que mais me causavam incomodo são:
ADJETIVOS: Gay, moleque, burro, covarde, ridículo.
“Eu sou Gayzão! Aceito ser Gayzão fofo!”.
 “Eu sou moleque. Aceito ser moleque”.
“Eu sou muito Burro. Aceito minha burrice”.
“Eu sou covarde. Aceito minha covardia”.
“Eu sou ridículo demais. Aceito meu ser ridículo”.
Agora procure os próprios adjetivos e trabalhe neles, a não ser que queira ser refém do seu orgulho!







Já reparou que nada se espera de um verme inútil? Ao aceitar essa possibilidade, aquela necessidade da cobrança de determinada reação que você deveria ter acaba. Afinal, sou um verme.
Sinta-se livre de eliminar a auto cobrança desnecessária. Claro que isso não significa que não tenha que observar as críticas e aprender com elas. Ignora-las também seria um sinal de orgulho, certo? Trataremos deste aspecto posteriormente.


Uma situação bem comum de quem tem vídeos no youtube (um canal) são os críticos ferrenhos, os HATERS. Eles querem porque querem te atazanar. O que eu faço? Simples, me rebaixo para não sofrer com meu orgulho. Se falarem que não faz sentido o que digo e percebo que não existe uma verdadeira vontade de conversar, digo: “Sim, é porque sou muito burro”.
Quem fica puto da vida é quem quer ferir, e não você. Oras, prefiro aceitar ser burro a ter minha paz abalada.
Isso me livrou de um baita problema. Esta é uma das razões de grandes frustrações de quem começa a aparecer publicamente. Sempre terá aquela pessoa que quer apenas causar confusão. E são várias. Imagina ficar se defendendo de todas? Não faz sentido sustentar esse orgulho besta.
Nas discussões, o problema é o mesmo. Não existiriam discussões sem orgulho. Na discussão não se procura entender o lado do outro mas sim em defender o seu. Isso é um tiro no pé para quem realmente quer encontrar uma possível verdade.
Não há melhor situação para quem realmente quer o conhecimento do que se encontrar em uma situação de erro. Entender que se está errado é o melhor caminho para vir a estar certo.
Outra situação que me ocorreu foi com o meu primeiro livro “A Lucidez segundo o Espiritismo”.
A primeira crítica que tive foi exatamente a seguinte:
“Seu livro é uma bosta, deveria se chamar A Lucidez para criancinhas”.
Desculpe pelo palavrão, mas foi exatamente essa a frase. E o que eu poderia fazer? Oras talvez seja mesmo isso, então eu agradeci.
Não digo que não tenha doido receber logo esta como primeira crítica, mas o fato de aceitar essa possibilidade, do livro ser mesmo um lixo me libertou. Oras, e daí? Pode ser isso mesmo e estou bem com isso.
Nas discussões, o orgulho prevalece. Será uma guerra de egos. O melhor é sempre recuar e para aqueles acerbados dizer: “Bacana, deve ser isso mesmo. Você está certo”.
Alguns vão dizer: “Nossa, mas assim você admite o erro e não leva pra frente uma ideia que pode estar certa”.


Acreditem: quando a pessoa não quer mudar ou entender, não vai acontecer nada diferente do que ela fincar o pé no asfalto, em sua posição única e morrer ali. Tentar convencer é um ato originário do orgulho.
O Orgulho no relacionamento então é algo que prejudica muito. Admitir que está errado é quase sempre a melhor solução. Claro que você pode não se achar em erro, mas se houver sincera vontade de entendimento, isso bastará. Abrir a possibilidade de se estar errado é o necessário.
Talvez o orgulho nos relacionamentos seja o mais difícil de domar. Ou devido a intimidade do casal ou pelo envolvimento sentimental. Por isso é tão importante os relacionamentos. Eles nos mostram muito como realmente somos.
Outra situação que este método é perfeito são aqueles onde as críticas nem são profundas, e estão mais para dar uma cutucada que pode a vir a causar um baita incomodo.
Por exemplo, se você fizer algum comentário e a pessoa dizer: “Nossa como você é bobo!”, naturalmente se ficaria incomodado com esta crítica.
Pedir desculpas neste caso ficaria muito estranho, então o melhor jeito é dizer: “Verdade, praticamente uma besta ambulante”. Além de concordar, você se rebaixa e tira de si mesmo a necessidade de provar para a pessoa que não é verdade. O que importa? Agora, nunca se dispensa uma análise do que você fez. Se foi realmente uma bobeira e não era momento disso, não faça mais.
Uma última situação que sempre ocorre são essas agressões sem sentido e sem comprometimento com a critica verdadeiro, como se vê abaixo:



E a minha resposta é:



Eu aceitei a opinião acima, independente dela estar ou não certa. Que me importa isso? Basta eu coletar o que gerou a critica e melhorar, mas nunca entrar nessa onda agressiva. Aqui vai uma outra:


E a minha resposta:



E existem muitos outros deste tipo. O impressionante é que aprendi muito com a pessoa que me tratava assim e melhorei muito a ferramenta que estava desenvolvendo. Se tivesse ficado irritado e ofendido, grandes melhorias tinham sido perdidas.
Claro que no meio mais profissional você não pode usar este tipo de auto depreciação, principalmente porque você está representando uma empresa; mas nada impede que internamente você pense dessa forma e é claro, se esforce para melhorar.
Será mais fácil de mudar sem o peso do orgulho, certamente!


Este é o comportamento humilde mais impactante se está interessado em reformar-se intimamente e trabalhar para aniquilar o orgulho. Lembre-se de quantas vezes já esteve errado e estar aberto a isso deve ser algo constante.
Coloque sempre dúvidas sobre as suas certezas e o melhor é que não as tenha mais. Sem certezas, apenas conclusões positivas conforme as suas limitações intelectuais. Assim, quando alguém chegar dizendo que está errado, estará aberto ao desenvolvimento destas novas ideias de forma franca e extremamente produtiva.
O importante é estar certo ou ser feliz? Muitas vezes esta será a questão e a humildade sempre lhe impulsionará para a felicidade. Estar certo na maioria das vezes é apenas uma questão orgulhosa e vaidosa.


Lembrem-se: Não é porque se admite a possibilidade de ser um verme que você vai se achar um. Somos centelhas divinas, em um processo de evolução constante. Deus teve muito carinho por tudo o que foi feito. Não somos vermes, somos seres lindos, filhos de Deus. Isso é muita coisa, não? Admitir-se como um verme é subjugar o orgulho, este orgulho tão venenoso.
O universo precisa de cada um como é, e procurar melhorar-se está dentro do que somos. Os primeiros a receberem a luz são os que se iluminam.
Outro ponto importantíssimo é na questão da submissão. Este método não diz para que não tome as ações necessárias em determinado momento. Não diz para ser submisso ao outro, mas diz para ser submisso a ti mesmo.
Em outras palavras, você precisa fazer o que é certo, não pelo seu orgulho ou vaidade, mas porque é a coisa certa a fazer. 
Ao admitir que tu sejas um verme inútil, isso se refere apenas ao teu orgulho, não as suas atitudes. Ficará na verdade mais livre para fazer o que é certo, pois não terá que se preocupar com manter-se na altura do orgulho.
E por fim, não menos importante está em como você trabalha com as críticas. Se as ignorar, estará fazendo por orgulho. Elas são importantes. A postura de vermiculo inútil o rebaixa, mas o torna consciente do que tem que mudar.
Se alguém no trabalho vier com fúria até você sobre um erro seu, seria uma atitude orgulhosa e muito prejudicial dizer: “Eu sou um verme inútil, por isso fiz o erro”.
A ideia não é esta. Você admite a possibilidade de ser um vermiculo, por isso aceita o seu erro e diz: “Me desculpe, vou melhorar na próxima vez”.
O ato de humildade proveniente disto lhe trará tantas bonanças. Nada como uma postura humilde para servir como exemplo, mas lembre-se, o esforço para melhorar não deve ser somente da boca pra fora, certo?
Por ultimo, nunca deixe de verificar se a resposta de outrem não tem um significado importante, ou se a crítica não tem algum fundamento. Precisamos sempre nos analisar e aceitar estarmos errados para mudar. Mesmo a crítica descabida pode ter um fundo de verdade.


Vamos colocar alguns exemplos de como se comportar em determinadas situações. Lembre-se, estas atitudes são de pessoas que já se reconhecem como vermes inúteis.
Redes sociais:
“Seu hipócrita, você não sabe do que está falando...”.
Uma possível resposta seria: “Me perdoe meu querido, é o que consigo fazer. Muita Paz”.
Percebam que, além de uma resposta muito humilde, você sessa qualquer possibilidade de continuar a discussão.
Broncas no serviço:
                “Camarada você não fez certo novamente? Assim fica difícil em?”
                Possível resposta: “Me desculpe, vou me esforçar em melhorar”.

            Fechou alguém no trânsito:
                Se a pessoa te xingar ou falar algo, só diga: “Me desculpe, vou prestar mais atenção”.
Este tipo de resposta deixa qualquer um muito manso, mas precisa ter o orgulho dominado para isso.
                Alguém buzinou pra você ou deu farol alto:
                Como não será possível falar nada, diga ou pense se for Religioso: “Vá com Deus irmão, que Ele ilumine seu caminho”.
Se não for religioso: “Siga em paz.”.
A postura humilde será natural quando o método estiver sido realizado com sucesso.
            Alguém lhe respondeu ou atendeu com má vontade:
                Fale com o máximo de brandura e educação, afinal esta pessoa pode falar com você da maneira que entender, ela está falando com um verme inútil. Nunca cobre uma postura de ninguém além da sua própria.

            Alguém lhe deu um cutucão:
                “Cara como você é idiota!”.
                Possíveis respostas: “Sim, praticamente um verme inútil”, “Verdade, uma besta quadrada”, “Sem duvida, muito idiota”.

     O EGO

                O Ego é à sombra do Orgulho. Ele tentará te manter acima, no alto. Estas são alguns passos para dominar o ego:
1.Não te sentir ofendido. – É o orgulho que nos faz ter este sentimento de ofensa. Diferente de fazer o justo e lutar pela justiça, o ofendido quer manter-se no alto para defender uma honra sem cabimento.
                2. Libertar-se da necessidade de Ganhar. – Queremos ganhar para sermos melhores. É a maldita necessidade de competir com o outro. A competição deve ser apenas com você mesmo e nunca com o outro.
3. Libertar-se da necessidade de ter razão. – Necessidade de estar certo, orgulho líquido!
4. Libertar-se da necessidade de ser superior
5. Libertar-se da necessidade de ter mais.
6. Libertar-se da necessidade de identificar-se com teus êxitos.
7. Libertar-se da necessidade de ter fama.



Que este método do vermiculo fofo abra a sua mente e subjugue seu orgulho. Ele irá transformar seus relacionamentos e intensificar muito seu crescimento como consciência. Estará aberto a aprender mais, colocar em cheque os conceitos inferiores ou errôneos que tens como base.
Seus relacionamentos ficarão mais simples pois estará apto a aceitar que está errado e a corrigir. Não discutirá mais pois percebe que um vermiculo não liga para estar certo ou não, a não ser que haja uma postura de real vontade de diálogo da outra parte.
Não se preocupará com críticas pois um vermiculo não liga de ser criticado, afinal é um verme.
Que este livro traga tantas coisas boas pra você como trouxe para mim.
Aceite o que não se pode mudar; aceite as ofensas, as diferenças, as injurias, as mentiras e tudo mais. Ao fazer isso elas não mais te atingirão e estará livre de sustentar tão grande peso como o orgulho próprio.
Podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo das nossas conversas internas. Não se dê demasiada importância, e seja humilde, pois quanto mais se mostra superior, inteligente e prepotente, mais se torna prisioneiro da sua própria imagem e viverá tentando manter este posicionamento ilusório e estressante.
Se realmente há algo que não sabe, ou para que não tenha resposta, aceite o fato. Não saber é muito incómodo para o ego, porque ele gosta de saber tudo, ter sempre razão e dar a sua opinião muito pessoal.
O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o incomoda nos outros é uma projeção do que não venceu em si mesmo.
Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. Quando tenta defender-se, está a dar demasiada importância às palavras dos outros, a dar mais força à agressão deles. Se aceita não se defender, mostra que as opiniões dos demais não o afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessita de os convencer para ser feliz. O seu silêncio interno torna-o impassível. Faça uso regular do silêncio para educar o seu ego, que tem o mau costume de falar o tempo todo.
Por fim, seguem alguns trechos bíblicos que denotam quão importante é a humildade:
“Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança.” Mateus 5:5
“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a vocês mesmos.” Filipenses 2:3
“Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.” Romanos 12:3
“...e disse: "Eu asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.” Mateus 18:3-4
“Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor.” Efésios 4:2
“Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios aos seus próprios olhos.” Romanos 12:16
“O orgulho do homem o humilha, mas o de espírito humilde obtém honra.” Provérbios 29:23
“Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido.” 1 Pedro 5:6
“Pois todo o que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado". Lucas 14:11
“Melhor é ter espírito humilde entre os oprimidos do que partilhar despojos com os orgulhosos.” Provérbios 16:19

Muita Paz.
 Contato: danielarmilest@gmail.com